Transplante de microbiota fecal para tratamento de colite ulcerativa

• DOI: 10.70164/jmbr.v2i2.602
• Publication Date: 2025-03-19T03:52:43Z
• Authors: Carlos Eduardo Ga...; Luiz Fernando Ara...; Leila Ismail Hame...; Mariana Amaral Ca...; Maria Vitória Soa...; Georgiana Oliveir...; Ciro Brasil Campos; Ana Luiza Bertho ...; Paulo De Tarso Muniz

Introdução: A Colite Ulcerativa (CU) é uma doença inflamatória crônica, progressiva e recidivante, que acomete principalmente o intestino grosso. O principal agente desencadeante da doença é a disbiose, que acentua a inflamação do cólon. Devido a rejeição ao tratamento habitual, normalmente implementa-se os imunossupressores ou produtos biológicos, que possuem ressalvas e custos altos. Sendo assim, o transplante de microbiota fecal (TF) surge como uma possibilidade no tratamento da doença. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada a partir da base de dados PubMed/MEDLINE, com os descritores “Fecal Transplant“, “Ulcerative Colitis“ e “Dysbiosis”. Após aplicação dos critérios de seleção e exclusão, esta revisão abordou 19 artigos. Desenvolvimento: A CU é uma doença grave, que costuma ser tratada com corticosteroides. O foco principal na abordagem da doença é resolver a inflamação e restabelecer uma microbiota saudável. O TF visa a correção da disbiose, ocasionando de forma secundária a desinflamação e consequente melhora da doença. Essa terapia, realizada a partir da ingestão de uma cápsula com conteúdo fecal ou por implante do conteúdo por colonoscopia, é milenar, havendo registros da prática há mais de 1700 anos, na medicina chinesa. Em estudos abordados, o TF foi capaz de reduzir consideravelmente a inflamação intestinal, levando a correção da doença. Conclusão: O TF mostrou-se eficaz na remissão da doença, sobretudo quando os cuidados pós-transplante são adotados de forma integral.